A Pesquisa Doação Brasil (PDB) tem por objetivo avaliar a percepção e a prática de doação pela população brasileira. Sua primeira edição foi realizada em 2015. Até então, não havia dados suficientes e confiáveis sobre o comportamento do doador individual, do cidadão comum. Esse primeiro estudo foi feito pelo IDIS, com apoio técnico do Instituto de Pesquisa Gallup.
Os resultados da Pesquisa Doação Brasil 2015 representaram uma revolução na forma como a Cultura de Doação era vista no país, pois revelaram que quase a metade da população (46%) havia doado para organizações sociais, em 2015, pelo menos uma vez. A pesquisa também mostrou que os valores doados eram baixos (entre R$ 240 e R$ 480 por ano), mas o montante total atingiu a cifra de R$ 13,7 bilhões naquele ano. Mais do que todo o investimento social privado feito por empresas!
segunda edição da Pesquisa Doação Brasil foi realizada, conforme previsto, cinco anos após a primeira, isto é, em 2020. Ela, também foi coordenada pelo IDIS mas, dessa vez, foi conduzida pela Ipsos A segunda edição coincidiu com a pandemia de Covid-19 e com o agravamento da crise socioeconômica, já instalada no país desde a primeira edição do estudo.
Os próprios resultados da Pesquisa Doação Brasil 2020 comprovaram o efeito dessa crise sobre a cultura de doação do País. Entre 2015 e 2020, o percentual de doadores de todos os tipos (dinheiro, bens e trabalho voluntário) caiu. Enquanto em 2015, 77% da população havia feito algum tipo de doação, em 2020, o percentual ficou em 66%. Em termos de doação institucional (para conhecer melhor o conceito acesse a metodologia), a proporção caiu de 46% para 37%.
A pandemia de Covid-19 encolheu as doações, mas provocou uma melhora na forma como a população passou a enxergar a doação. Em 2020, mais de 80% da sociedade acreditava que o ato de doar faz diferença, e entre os não doadores, essa concordância atingia 75%.
Com a aceleração nas mudanças na cultura de doação, era preciso acompanhar o assunto mais de perto. A Pesquisa Doação Brasil passou a ser bienal e a terceira edição, realizada em 2022, além de trazer um retrato do pós-pandemia, trouxe um recorte sobre os hábitos e atitudes de doação dos jovens da chamada ‘Geração Z’, nascidos entre 1996 e 2004.
Em 2022, a prática da doação bateu recorde, com 84% dos brasileiros, acima de 18 anos e com rendimento familiar superior a um salário mínimo, tendo feito ao menos um tipo de doação, seja de dinheiro, bens ou tempo, na forma de voluntariado. As doações institucionais mantiveram-se estáveis em 36%, indicando ainda a recuperação gradual da doação de dinheiro, reflexo dos anos de instabilidade durante a pandemia.
A Pesquisa mostrou que os jovens da Geração Z são mais confiantes no trabalho das ONGs, tendem a doar espontaneamente e planejam continuar doando valores mais altos.
A atual edição, além de atualizar a série histórica com os dados referentes a 2024, ainda traz um retrato especial sobre as doações emergenciais e como estas podem influenciar a cultura de doação.
Rua Paes Leme, 524, cj.161
05424-904 Pinheiros / SP