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A ideia de realizar a Pesquisa Doação Brasil surgiu quando o IDIS procurou dados a respeito do doador individual brasileiro, para basear uma campanha pela Cultura de Doação e constatou uma ausência completo de informações de abrangência nacional.
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Isso aconteceu em 2014 e, até que se conseguisse construir o projeto e captar os recursos, a pesquisa só foi realizada no início de 2016, refletindo informações de 2015.
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Os resultados da Pesquisa Doação Brasil 2015 representaram uma revolução na forma como a Cultura de Doação era vista no País pois ela revelou que quase a metade da população (46%) havia doado, em 2015, pelo menos uma vez para organizações sociais. A pesquisa também mostrou que os valores doados eram baixos (entre R$ 240 e R$ 480 por ano), mas o montante total atingiu a cifra de R$ 13,7 bilhões naquele ano! Mais do que todo o investimento social privado feito por empresas.
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Ainda assim, tínhamos um grande potencial de avanço, já que os R$ 13,7 bilhões representavam 0,23% do PIB e sabemos que, em países com uma Cultura de Doação robusta, essa proporção pode chegar a mais de 1%.
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Com base nas informações trazidas pela Pesquisa Doação Brasil 2015, o IDIS desenvolveu o Descubra sua Causa, um teste no qual as pessoas descobrem quais as causas que têm mais afinidade com elas e são convidadas a doar para organizações que atuam nesta causa. Mais de duzentos mil internautas já descobriram suas causas.
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Para acompanhar a evolução da Cultura de Doação no País, o IDIS se propôs a repetir a Pesquisa Doação Brasil a cada cinco anos. Ocorreu que cinco anos após a primeira edição foi justamente 2020, o ano da pandemia e da explosão de doações no Brasil e no mundo.
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Isso exigiu que a nova pesquisa fosse adaptada para conseguir traçar dois retratos. Primeiramente, o que aconteceu, de fato, com as doações em 2020. E um segundo recorte, buscando isolar o efeito da pandemia e mostrar qual teria sido a evolução natural da Cultura de Doação.
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Por tudo isso, a realização da Pesquisa Doação Brasil 2020 representou um grande desafio para conciliar o desejo de manter a comparabilidade coma edição anterior, as perguntas adicionais referentes à pandemia, as perguntas adicionais surgidas ao longo do intervalo entre as duas pesquisas e o limite de perguntas no questionário para evitar o desgaste do entrevistado.
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Acreditamos ter conseguido superar os obstáculos e produzir uma grande pesquisa que, novamente, revolucionou a visão que tínhamos da Cultura de Doação no Brasil.
