Resultados

O gráfico mostra que, apesar de todos os problemas existentes, os brasileiros se mostram bastante satisfeitos em relação a diversos aspectos da vida, com destaque para o estado de saúde e o nível de preocupação.

O aspecto com o qual os brasileiros menos registram satisfação é o nível de renda, com apenas 12% se dizendo muito satisfeito e 14% se declarando totalmente insatisfeito.

Ao compararmos o grau de satisfação dos brasileiros com o nível de preocupação com a vida em 2020 e 2015, veremos que os resultados são bem próximos, porém com uma tendência de aumento da satisfação no período mais recente.

O gráfico mostra que as brasileiros distribuem de forma relativamente equilibrada a responsabilidade pelas soluções dos problemas socioambientais entre o governo, a própria população e as organizações da sociedade civil. Sendo que, se forem considerados somados os níveis muito responsável e um pouco responsável, as organizações da sociedade civil contam com a maior pontuação.

Quando comparamos esses resultados aos da Pesquisa Doação Brasil 2015, vemos uma mudança significativa de ponto de vista. A responsabilidade, que era majoritariamente atribuída ao governo, migrou para outros entes da sociedade com uma surpreendente noção da responsabilidade da própria população e das pessoas comuns.

A opinião dos brasileiros sobre as organizações da sociedade civil é bastante positiva, e vai desde a compreensão de que elas dependem de doações para funcionar até a percepção de que as ONGs levam benefícios a quem precisa.

O ponto que ainda não está bem resolvido diz respeito à confiança e ao entendimento de que as organizações não deixam tão claro o que fazem com os recursos doados.

Porém, a comparação desses resultados com os da Pesquisa Doação Brasil 2015 mostra que a opinião dos brasileiros em relação às organizações da sociedade civil avançou muito nos últimos cinco anos, inclusive sobre confiança.

O gráfico deixa claro que os brasileiros têm uma visão muito positiva da doação.

As frases que expressam boas opiniões sobre a doação, como “doar faz bem a quem doa”, contam com um alto grau de concordância. Exatamente o contrário do que ocorre com as que contem opinião negativa, como “só doa quem tem peso na consciência”.

Vale destacar que a grande maioria acredita que doar faz diferença, o que inclui, sem dúvida, um  número considerável de não doadores.

Ao se comparar esses resultados com os da Pesquisa Doação brasil 2015, percebe-se que as maiores diferenças se encontram no aumento da concordância de que doar faz diferença e de que é melhor doar bens e alimentos do que dinheiro. Em terceiro lugar vem a queda na concordância de que as pessoas não devem falar que doam.

Conforme se ve no gráfico anterior a este, 87% dos brasileiros concorda que a doação deve ser feita de forma desinteressada e, para muitos deles, falar que faz doações pode ser uma maneira de se autopromover ou tirar proveito. Essas são opiniões baseadas em importantes valores humanos como humildade, modéstia e generosidade.

Entretanto, essa postura não contribui para a promoção da cultura de doação porque o silêncio não estimula a prática da doação, não dá exemplo e não leva ninguém a refletir sobre o assunto.

Portanto, é importante desenvolver uma visão mais cidadã sobre a relevância da doação para o desenvolvimento da sociedade e passar a divulgá-la para que outras pessoas sejam inspiradas pelo exemplo e passem a doar também.

Observação: esta pergunta não fez parte da Pesquisa Doação Brasil 2015, por isso não há gráfico comparativo.

O gráfico mostra que quase um terço dos brasileiros (31%) se sentem motivados a doar para o combate à fome e à pobreza. Essa preferência tão grande por uma causa reflete, muito provavelmente, a preocupação da sociedade com o processo de fragilização social e financeira, que levou muitas famílias à pobreza.

Essa mesma preocupação se manifesta sob o rótulo ‘para pessoas que necessitem’, na quarta posição.

A segunda, terceira e quinta posições são ocupadas por causas  tradicionalmente muito populares,  como crianças, saúde e idosos. Conforme se vê no gráfico comparativo com a Pesquisa Doação Brasil 2015.

Os gráficos mostram que as reações de doadores e não doadores são muito parecidas. E as diferenças ficam dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

Surge uma ligeira tendência maior do doador a aceitar imediatamente ou responder que não vai doar porque já contribui para outras instituições.

Porém, chama muito a atenção o fato de 8% dos não doadores afirmarem que aceitam o pedido imediatamente!

Ao comparar esses resultados com os da Pesquisa Doação Brasil 2015, percebe-se que diminuiu muito o percentual dos que respondem que não vão doar porque já contribuem com outra organização. Isso deve  ocorrer devido à redução do número de doadores nos últimos cinco anos.

O gráfico mostra uma percepção majoritariamente positiva dos termos associados à doação.

Solidariedade, Doação e Caridade são conceitos amplamente aceitos e conhecidos.

Empatia e Organização da Sociedade Civil são termos bem aceitos, mas já aparece uma pequena parcela que não os conhece. Parcela essa que cresce quando se trata de Filantropia e Altruísmo.

Ao comparar esses resultados com os da Pesquisa Doação Brasil 2015, é possível constatar um aumento significativo da percepção positiva da palavra Doação.

A possibilidade de abater as doações do imposto de renda ainda é desconhecida da maior parte da população, sendo menos conhecida entre os não doadores.

Mesmo assim, ao se comparar com os dados da Pesquisa Doação Brasil 2015, é possível perceber que houve um avanço considerável na proporção de brasileiros que declaram saber da possibilidade de descontar doações do imposto de renda.

Se a parcela de brasileiros que sabe da possibilidade obter desconto do Imposto de Renda por meio da doação é pequena, a fatia dos que usam esse mecanismo é menor ainda. Apenas 9% dos que disseram conhecer o incentivo fiscal, já o utilizaram. Até mesmo porque só é possível fazer o abatimento para o contribuinte que faz a declaração completa, o que reduz muito o alcance.

Ao comparar esse resultado com o da Pesquisa Doação Brasil 2015, percebe-se um queda na utilização do incentivo fiscal entre os doadores que sabem da possibilidade.

Mais da metade dos brasileiros aceita a ideia de deixar parte de seus bens como doação para alguma organização da sociedade civil, o que reitera a visão positiva da sociedade em relação à doação e ao Terceiro Setor.

Observação: esta pergunta não integrou a Pesquisa Doação Brasil 2015, por isso não há gráfico comparativo.