Resultados

A pesquisa mostrou que a grande maioria (77%) dos que não fizeram doações em 2022 já tinham abandonado o hábito há muito tempo. Mas, claro, sempre há o lado cheio do copo a ser considerado: 1 em cada 5 doou recentemente e tem maior potencial em ser convertido.

Como costuma acontecer, a principal explicação para ter deixado de doar no último ano é a falta de dinheiro. Ela era ainda mais frequente durante a pandemia, e, em 2022, recuou um pouco. É interessante reparar, no entanto, que a segunda explicação mais citada é o fato de não ter recebido nenhum pedido de doação.

Aqueles que podemos chamar de ‘não doadores convictos’, pois não fizeram nenhuma doação nos últimos cinco anos, afirmam, cada vez mais, que a falta de dinheiro é o motivo desse comportamento. Porém, a segunda razão mais citada tem ligação com a desconfiança sobre a utilização que será feita do recurso doado.

A pesquisa mostrou que a convicção de não doar está cada vez mais fraca. Na primeira edição da pesquisa, em 2015, mais da metade dos não doadores (60%) não admitiam a possibilidade de mudar de postura. Já em 2022, o cenário se inverte e a maioria se diz aberta à hipótese de se tornar um doador.

O ter/não ter dinheiro volta a aparecer como o maior estimulador/inibidor da doação. Porém, as três condições que se seguem são todas relacionadas com a construção de um vínculo de confiança com a organização beneficiada.